segunda-feira, 14 de abril de 2008

Parrí, mais uma vez!

Depois do meu surto desesperante de 6a fui esfriar a cabeça em Paris, porque afinal de contas meu pai mandou e eu sou muito obediente.

Baixei várias músicas novas no meu Ipod, das quais tirei várias lições de vida, então a viagem passou super rápido.

O Felipe já tinha ido na 5a cedinho então ele, o Bernardo e a Teka foram me buscar no metrô. Deixei as coisas em casa e fomos para um bar porque estava tendo a despedida de uma brasileira lá. Ficamos um pouquinho só, pq já tava todo mundo indo embora. Depois deixamos a Teka em casa.

Como ela tá ficando pertinho da Av.Montaigne, uma das avenidas mais chiques de Paris (se não for A mais), resolvemos voltar a pé e passar por lá e pela Champs Elysée. Mesmo estando a noite com tudo fechado, é de babar. As lojas de grife, os hotéis, os carros estacionados na rua, tudo é tão bonito e glamuroso, que dá vontade de chorar, pq ao mesmo tempo dá a exata noção de que aquela é uma realidade a léguas de distância da minha. É algo que, nem que eu me acabe de trabalhar o resto da vida, eu vou ter. E eu achei isso muito do injusto!

Quando a gente (pelo menos eu) pensa que no mundo existem ricos e pobres, os parâmetros que definem o que é "rico" e o que é "pobre" são aqueles aos quais a gente tem acesso, o que a gente vê no nosso dia a dia. E diante do luxo da Av.Montaigne, deu pra ver que o mundo é muito mais cruel do que eu pensava, pq os "ricos" são muito mais ricos que os da minha imaginação, e provalvemente, os "pobres" são muito mais pobres tbm.

No dia seguinte acordamos quando deu e fomor roletar. Passamos rapidinho por NotreDame, Panteon, Institut du Monde Arabe, Jardin du Luxemburg, mas sem se prolongar demais em nenhum deles. Tudo lindo. Passamos também pela Sorbonne, pro Felipe dar uma olhada. Muito chique! E se ele for estudar realmente nessas faculdades de Paris, vamos ter que providenciar sério uma renovada de guarda-roupa, pq ô povin arrumado, viu? E nem é de terno-e-gravata não. É cada um chique no seu estilo. Fiquei com inveja!

"Janela" do Institut du Monde Arabe.

Panteon

Faculté de Droit

Almoçamos um sanduíche mesmo (Pomme de Pain!) e voltamos pro Jardin pra fazer o quilo. Ficamos lá a tarde inteira, só observando as pessoas, na preguiça. Foi muito bom, muito relaxante e muito fino, pq fazer a sesta em um jardim lindo em plena Paris é demais!


Amorino, melhor sorvete do mundo!



Jardin du Luxemburg

Depois encontramos com a Teka e demos mais uma voltinha pela Torre. A Cristina (amiga dos pais dela que eu ja tinha conhecido antes e na casa de quem a Teka tá ficando), chamou a gente pra jantar lá depois. Foi um ótimo programa: pessoas legais, comida ótima e conversa fiada a noite toda.


No dia seguinte acordamos tarde tbm. Decidimos ir no Invalides, onde tem um museu da guerra e o túmulo do Napoleão, pq com dois homens de companhia, soldadinhos e arminhas acabam ganhando de qualquer outro programa. Mas achei ótimo. É super interessante. Ainda mais pq eu acabei de ler um livro ambientado na 2a guerra ("A menina que roubava livros") então estava com tudo ainda fresco na cabeça. Me deu muita saudade de aula de história! Fiquei tentando lembrar os motivos que levaram á primeira guerra, e consegui até resgatar algumas coisas das profundezas das gavetas do meu cérebro. Mas me deu muita vontade de saber direito. Acho que quero um livro de História!

Além disso, tinha inaugurado a pouco tempo uma parte nova, que era uma exposição audio-visual sobre a vida do Charles de Gaulle. Eu que, depois de ler o discurso dele que está escrito embaixo do Arco do Triunfo, já era fã, fiquei mais fã dele ainda. Parece que foi um cara bacana, que ajudou a França nas horas em que o bicho mais pegou, mas ainda assim soube a hora de se retirar. Mas posso estar enganada. Preciso de um livro de História dele tbm...

Ficamos mil horas lá, e quando a gente deu por si, foi a conta de comer, arrumar as coisas e voltar pra terrinha que a gente agora chama de lar!

É engraçado como que a impressão que eu tive de Paris dessa vez foi totalmente diferente das primeiras vezes. Ela ficou ainda maior, mais imponente, mais bonita e mais distante. Acho que foi pela comparação, pq Montpellier é realmente uma cidadezinha pacata do interior comparada a ela. Me deu sentimentos muito contraditórios, pq ao mesmo tempo me deu vontade de sair correndo dali e ir pra um lugar mais aconchegante e real (BH ou MTPL) e também uma vontade louca de fazer parte daquele cenário de filme, de tentar viver naquele lugar aparentemente intocável e inaccecível aos mortais, que acabam nas banlieus da vida. Eu acho que é isso que acontece com os imigrantes. Eles se apaixonam por um lugar e querem fazer parte daquilo. Mas eu acho que isso nunca acontece e vc fica o resto da vida contemplando uma vida do lado de fora.

E é por isso que, apesar de estar amando e achando tudo lindo, não tenho a menor duvida de que volto pra Brasil e é lá que eu vou fazer minha vida!

P.S: Estão faltando algumas fotos, mas depois eu posto!

6 comentários:

Anônimo disse...

Menina obediente!!!

Invejaaaaaaaaaa...........

Anônimo disse...

Obedece mesmo pq seu Papy sabe das coisas hehehe...
Adorei a nova visão de Paris!! E q sorvete é esse?? Tb quero!!!

Saudades

Anônimo disse...

obediente vc emm ??mais dessa vez foi mto facil obedecer seu pai !hehehehehe..foi ou n foi ???=]
lindas as fotooos !!!
mi inspirei em vc e tbm fiz franjinha clarinha !!!
heheehehheheh

beijinhos com mta saudade !

Clará disse...

Pois é, minha gente. Paris é linda mesmo!

E o sorvete Juju, é algo inexplicável! E ele ainda vem em forma de flor. Como minha vida de bióloga não tá dando, acho que vou mexer com a importação da Amorino pro Brasil!

Adorei a franjinha, Yara! Mas cresce igual capim, vc vai ver. A minha meio que já era...

Anônimo disse...

ufa! ainda bem que vc está decidida a voltar pra cá!
bjos

Anônimo disse...

ufa! ainda bem que vc está decidida a voltar pra cá!
bjos