terça-feira, 28 de outubro de 2008

Berlim - Bonus Day!

Pela lógica, o super jantar alemão seria minha última aventura em Berlim. Mas os deuses do turismo ainda não estavam satisfeitos e quiseram que eu ficasse mais um dia. Então, mesmo acordando ás 5 da manhã, chegado na estação e o metrô já estar lá me esperando, o trem que iria para o aeroporto demorou 1h pra chegar! MAs ainda não estava tudo perdido. Cheguei no aeroporto, corri igual louca, errei de terminal, corri igual louca para o outro e finalmente cheguei 3 minutos depois do check-in ter terminado... A atendente, com uma frieza germânica que até então eu não tinha conhecido em Berlin, não deu margem para negociações e quando meus olhos começaram a querer chorar contra a minha vontade, ela me lançou um olhar mais gelado ainda!

Passada a raiva, e a passagem (pra dali 24h) resolvida, fui fazer então a única coisa que me restava: aproveitar meu bonus day in Berlim!

Pra ver se o dia dava uma melhorada, fomos procurar um lugar bacana para tomar um bruch, pois eu tinha lido que em Berlim no domingo era tradição, e vários lugares ofereciam brunchs fartíssimos a preço de banana.

A moça da recepção do albergue sugeriu um lugar na região de "Lourdes", que a gente tinha ido jantar no dia anterior. Chegamos no lugar indicado e estava lotado! Fila de espera! Sinal de que era bom! Nem demorou muito. Pedimos um menu pra duas pessoas que era muito farto e muito bom!



Vinha nessa bandeja de "andares". O primeiro era de queijos e "presuntos" diferentes. O segundo era de pastinhas, manteigas, conservas. E o terceiro de frutas e geléias. O pão era a vontade. Ficamos mais de duas horas lá, comendo e conversando. Podia ter uns lugares assim em BH, né? Com brunchs fartos, gostosos e principalmente baratos!

Em frente ao lugar, esse tronco de árvore me chamou a atenção. Ele tem uns nichos cheios de livros. As pessoas vão lá e colocam livros e pegam outros. Tipo uma forma de trocar livros super legal e arrumadinha. Eu sei que no Brasil tem um projeto que chama "Perca um livro", que segue mais ou menos essa idéia. O negócio e pagar um livro legal e "perder" ele em algum lugar. Dentro do livro, vc explica o projeto. Assim, a pessoa que achar o seu livro, pode levar ele pra casa e é convidada a "perder" um livro ela tbm, pra dar continuidade. Acho que vou perder uns quando eu voltar pro Brasil.



Depois da comilança, fomos visitar o museu Bauhaus, que tinha ficado de fora da minha programação. Pra quem não sabe (como eu não sabia), vai aí a explicação da wikipedia.

"Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo."

Ele é bem fora de mão, longe de todas as outras coisas, e é pequenininho. Mas valeu a pena! A história do negócio, a forma como as coisas foram desenvolvidas, o jeito de pensar nos materiais, nas cores, tudo é muito legal e moderno!

De lá, fomos para a antítese da modernidade. Charlottenburg é o distrito mais antigo e luxuoso da cidade. Se várias partes da cidade parecem com BH, essa fica de fora e parece mesmo é com Paris. Demos uma andada, mas como já estava escurecendo e ainda por cima era domingo, não deu pra ver muita coisa. Apenas o palácio de Charlottenburg propriamente dito, que foi contruído por um Kaiser para dar de presente pra sua mulher, que deu pra conhecer. Ficamos um pouquinho na lojinha e depois fomos achar um lugar pra comer.



Voltamos pra nossa querida região trendy-hype com vários cafés e restaurantes baratos e acolhedores para escolher. Sentamos num primeiro para tomar um café e descansar, depois de tantas andanças. Depois, um pouco mais pra frente um italiano simpático, comandado pelos italianos com mais cara de italianos que eu já vi.



Os preços eram mais do que razoáveis e o lugar estava cheio de gente noba e bonita. Numa mesa gigante do nosso lado, um menino levanta-se lá da ponta oposta, vai até a gente e fala: "Vcs são mineiras, não?". A gente: "UAI! Como vc sabe?" Ele disse que a gente até que não tem cara de brasileira, e que a gente podia ser francesa ou espanhola tranquilamente. Mas que tem alguma coisa que sempre faz a gente saber quem é brasileiro. Fiquei feliz, melhorou um pouco o meu trauma.

O menino logo voltou para os seus amigos e nossa comida chegou logo depois. Quando deu 10h da noite, o restaurante que estava lotado esvaziou de uma vez! Sobrou a gente e o dono italiano, gordinho e de bigode, que sentindo a irmandade latina ofereceu pra gente uma Sambuca, que é tipo um licor de qualquer coisa, acho que anis, por conta da casa. Eu odeio anis, mas como que faz pra negar, né? Tomamos a tal da Sambuca e depois já era hora de voltar.

Para garantir o vôo, fui de novo dormir no aeroporto. È muito mais tranquilo do que eu imaginava e dormi como um anjinho! Fui a primeira pessoa do aeroporto inteiro a fazer check-in! A volta foi por Lyon e de lá eu peguei um trem, de volta para a minha Montpellier, retomar a vida!

Berlim - Day 3

A essa altura do campeonato, a gente já tinha visto as coisas mais turisticonas de Berlin, mas por estar numa parte mais tranquila, a gente estava também começando a entender a cidade em si. Já tinha visto várias pessoas dizerem que pra gostar de Berlin é preciso tempo, pq ela não é arrebatadora. Ela te conquista aos poucos. E eu achei a mais pura verdade.

A primeira parada do dia foi na East Side Gallery, que na verdade é um pedação do muro de Berlin que foi pintado/grafitado por vários artistas no período da reunificação. Uma parte dessas obras foi restaurada e a previsão é de restaurar ele todo para a comemoração de 20 anos da queda.



Tem muitas pinturas legais, ainda mais dentro do contexto da época.



E até hoje é um lugar pra deixar seu protesto...



...e sua marca na história (mas no lugar próprio pra isso, e não em cima das pinturas, né?)



No fim da galeria, tem um trecho do rio Spree que é bem bonito. Aproveitando pra fazer umas jumpings que ficaram meio fracassadas. Essas duas são as melhorzinhas. (a da júlia eu tive a manha!)



Mas, lançamos moda e em 5 minutos todo mundo que tava tirando foto no lugar começou a ensaiar umas jumpings, de cima dessa barrinha de proteção do rio.



A próxima parada seria no Reichstag, que foi todo reformulado e reaberto ao público em 1999. Ele tem um domo de vidro gigante em cima, de onde dá pra ver a cidade toda, e que simboliza a transparência da nova Alemanha. Mas ele tava fechado pra visitação. E ainda assim, só pra entrar lá dentro, tinha uma fila gigante. Acabamos tirando só uma fotinha de fora mesmo.



Já era o terceiro dia de Alemanha e a gente ainda não tinha comido uma Apfelstrudel! Fomos então corrigir essa falha gravíssima no Einstein Café, na Unter den Linden, que parece ser um café bem tradicional, pq tava lotado! Pedimos a sobremesa antes do almoço e estava excelente. Mas eu ainda acho que a do Hausmünchen nos seus tempos áureos é insuperável.



A próxima parada na verdade não era uma parada, era uma flanada pelo Mitte, que tbm é um bairro trendy de Berlin. Quando o muro caiu e geral foi correndo pro lado ocidental, artistas se apossaram dos prédios abandonados. Com o tempo, esses prédios foram sendo comprados, viraram lojas de design, cafés e etc. Mas na Oranienburgstrasse ainda tem um prédio desse tipo. Ele é ocupado por artistas que expõem suas coisas lá e tem um bar no último andar. A gente até tentou ir lá, mas a atmosfera é meio sinistra, apesar de ser legal.



Vagamos mais um pouco, achamos muuuuitos brechós, lojas de design, uma galeria de lojas famosas, mas que parece uma casinha de vovó e tbm uma loja muito legal, dedicada somente ao Ampelmann. Pra quem não sabe, ele é o bonequinho do sinal de pedestres do lado oriental de Berlin. É considerado o último comunista de Berlin! Mas estão querendo fazer dele o Mickey local.


fotos daqui.

De noite, fomos conhecer uma região do Prenzlauer Berg perto do nosso albergue que é cheeia de restaurantes, para escolher um para jantar. Enquanto a gente andava pra chegar lá, tinha certeza que a gente tinha errado de caminho, pq parecia ser uma área exclusivamente residencial. Mas eis que de repente aparece uma pracinha rodeada apenas de restaurantes. Um mais arrumadinho e apetitoso do que o outro. Me lembrou muito o Lourdes, em BH.

Escolhemos um restaurante alemão típico. Mais uma vez, o atendimento foi o mais simpático do mundo, mesmo com a nossa analfabetisse em alemão. (Aliás, todo mundo de Berlim tem cara de legal!) Eu pedi um prato que se chamava "O que as nossas avós cozinhavam para os nossos avôs", porque eu queria algo bem tradicional mesmo. Estava uma delícia, mas eu não identifiquei todos os componentes do prato. Sei que tinha muita carne de porco, batata e repolho. Apesar de ter sido um restaurante bem arrumado, a conta não deu cara. Aliás, comida em Berlim é bem mais barata que na França, o que me fez gostar ainda mais de lá!

Berlim - Day 2

O segundo dia em Berlim começou mais frio. Foi um dia mais dedicado a história da cidade, que é bem recheada de guerras pra todos os gostos.

A primeira visita do dia foi ao Checkpoint Charlie, que era um ponto de fiscalização para cruzar os lados oriental e ocidental de Berlin. Eu era intrigada com esse nome "Charlie", mas decobri que é pq tinha outros dois pontos que chamavam Alfa e Beta, e o Charlie foi só pra seguir o alfabeto. Tem toda uma mitologia sobre o lugar, e a plaquinha abaixo ilustra inúmeros souvenirs da cidade. Mas o ponto em si não tem muita coisa não, além dos soldadinhos teatrais que ficam pangando lá o dia todo, como um Mickey na Disney, pra tirar foto com a turistaiada.



Os muros que cercavam essa área de passagem agora contém uma série de posters que contam mais ou menos a história da guerra fria, desde a divisão da Alemanha após a 2a Guerra até a queda do muro de Berlin, passando pelos diversos momentos de tensão entre eles. Isso é uma das coisas que eu mais gostei da Europa: a possibilidade de ver ao vivo coisas que vc só aprendeu na escola e relembrá-las. A crise dos mísseis de Cuba é a memória mais viva que eu tenho das aulas de Geografia política com o Ricardo no Pitágoras!



Tem um museu do Checkpoint tbm, mas a gente não foi. Tem tbm um outro museu, que fala mais da vida da cidade com o muro e conta a história das pessoas que morreram tentando cruzá-lo, que a gente tbm não foi. Rola uma controvérsia, gente que diz que tudo o que é mostrado sobre guerra fria atualmente na Alemanha tende a exaltar o lado capitalista e meter o pau no socialismo. Eu particularmente não achei nada de gritante. A Júlia achou algumas coisas. E eu não tenho opinião formada sobre o que realemente aconteceu na época. Eu sei que os comunistas não comiam criancinhas, mas acho tbm que não deveriam ser hippies legais que pregavam apenas paz e amor.

Ainda na temática da história, fomos visitar o Museu dos Judeus.



Só pela arquitetura de fora, o museu já vale a visita. Ele é todo em zigzag e tem vãos que seriam como a estrela de Davi despedaçada. Por dentro, a arquitetura tbm é peça chave do museu e é resposável por transmitir sensações além das coisas que estão expostas. Eu achava que seria uma coisa mais voltada para o holocausto, mas é mais sobre a história dos judeus na Alemanha deeesde os tempos mais remotos! Tem muita coisa interativa, muita história e muita modernidade. Vale a pena demais! Não sei pq, mas a maiorida das fotos sobre o museu ficou na máquina da Júlia, mas eu posto depois que ela me mandar.

Depois do museu, a gente tinha planejado de ir na KaDaWe, que é a maior loja de departamentos da Alemanha, e é famosa pela sua parte de comida. Olhamos no guia e ele falava que a loja era na Kufurstendamm. Quem já leu "Christiane F. 13 anos, drogada e prostituída", com certeza já ouviu falar dessa rua. Era Kudamm pra cá, Kufurstenstrasse pra lá o tempo todo... Só que pra mim, tudo era a mesma coisa. Olhando o mapa do metrô, achei a estação Kufurstenstrasse e não tive dúvida que era lá. Só que Kufurstendamm e Kufurstenstrasse não são a mesma coisa e a gente foi parar no centrãaaaao da cidade. Tipo Av. Paraná de BH. Tosco demais!

Achamos o nosso caminho para a Kufurstendamm, ou Kudamm e lá era bem mais arrumadinho. É uma avenidona onde tem o comércio em geral. Loja da Nike, Zara, H&M e a famosa KaDaWe. Ela é realmente gigante. Um andar para cosméticos, um andar de roupas femininas. Uma andar de roupas masculinas. Um andar de lingerie. Um andar de brinquedos e papelaria. Um andar de coisas pra casa e finalmente o grande andar das comidas! É enlouquecedor e tem de tudo que vc possa imagianar relacionado a comida! Além disso, tem uns kioskes no meio vendendo pratos variados. Andamos horas por lá, jantamos por lá mesmo e depois disso, cama era a única opção possível!

Berlim - Day 1

De presente de aniversário, eu me dei uma viagem para Berlim. Era uma cidade que eu queria conhecer e a Júlia estaria em Helsink nessa mesma época. O meio do caminho pra gente se encontrar seria lá. Ajustamos datas, preços de companhia low-cost, hospedagem e dia 22 a noite partimos.

A Júlia chegou em Berlim de noite mesmo. Eu, na pobreza de achar o trajeto mais barato possível, consegui uma rota da RyanAir que fazia Montpellier-Frankfurt e Frankfurt-Berlim por 0 euros! Sim, ZERO euros a passagem. Mas com a taxa de embarque, a taxa de compra pela internet e mais algumas invençõezinhas pra subir o preço, a passagem fechou em 27 euros! Nada mal! O problema é que eu chegaria em Frankfurt a meia noite e o check-in pra Berlin seria ás 5 da manhã. O aeroporto é bem longinho do centro, então não valeria a pena um hotel. A solução: ser hippie e dormir no aeroporto.

Eu tava meio apreensiva, mas tinham váaarias pessoas fazendo a mesma coisa. O negócio é achar o seu cantinho e o resto é tranquilo! Eu dei muita sorte, pq achei quase um quartinho privé! Tinha uma pilha de caixas e outros seilamaisoquês e atrás tinha uma mesa! Foi só colocar o casaco de travesseiro e era praticamente uma cama!



Cheguei em Berlin cedinho, encontrei com a Júlia no aeroporto e fomos pro albergue. Ele chama East 7 e eu recomendo fortemente. Ele fica no que era o lado oriental de Berlin, numa região que se chama Prenzlauer Berg, que é descrita pela Wikipédia como a região trendy da cidade. Como a revitalização do lado oriental é recente, os preços dos imóveis não são muito caros, o que atrai jovens e artistas , que atrai bares e restaurantes voltados para esse povo, o que cria uma atmosfera muito bacana. Além disso, o albergue não era daquele tipo que acolhe mochileiros toscos que só querem saber de sexo drogas e rock&roll e que é um bar 24h fedendo a cigarro e cerveja. A maioria dos hóspedes eram meninas e o clima era muito tranquilo. Além de ser limpíssimo, com cheirinho de limão com pinho sol!



A gente ficou num quarto duplo, o que tbm ajuda. Só não tinha banheiro exclusivo, mas nos 4 dias que ficamos lá, eu cruzei com pessoas alheias no banheiro apenas 1 vez. E tbm depois de anos de competições de dança ficando em alojamentos, e retiros de crisma dividindo o banheiro com outras 800 pessoas, isso definitivamente não foi um problema.

A gente só poderia se apossar do nosso quarto mesmo depois das 2h da tarde. Então só deixamos as coisas lá e fomos passear pela região, á pé mesmo. A primeira parada, pertinho do albergue, foi na AlexanderPlatz, onde tem uma torre de TV que é a coisa mais alta da Alemanha, com 368m de altura. Dá pra subir lá em cima, mas vc tem que enfrentar uma mega fila e pagar quase 10 euros. Não animamos. O povo acha a torre horrorosa. Não achei tão feia assim, mas tbm não tem nada de bonita.



Continuamos nossa caminhada e uma coisa que me impressionou muito foi que é uma cidade muuuito tranquila. Não tem um mar de gente na rua. Tem turistas, mas até eles são mais tranquilos, e não aquele frenesi de máquinas fotográficas pra todo lado, igual em Paris. Mas tbm não é uma cidade bela, no sentido literal da palavra, como Paris. É uma cidade com cara de cidade. Com várias coisas bonitas, legais, turísticas, mas ainda assim uma cidade. Me lembrou muito BH!

Andando mais um pouquinho, chegamos no Berliner Dom, que é a maior igreja de Berlin, do fim do século 19. É engraçado que, depois de ver várias catedrais góticas, que é aquela coisa imponente, cheia de pontas e torres, eu achei que essa nem tinha cara de Igreja. Apesar de linda e enoorme tbm, não é assustadora, como muitas catedrais. Diz a Júlia que é essa a idéia mesmo. O período gótico queria impor um certo medo e terror e o período clássico focava mais no homem, nas trocas entre eles, dentro de um ambiente um pouco mais acolhedor.



Essa igreja fica pertinho da "Ilha dos museus", que é como se fosse uma ilha mesmo no meio do Spree, o rio que corta Berlin. Ela se chama ilha dos museus, pq os principais museus da cidade ficam ali (DRRRRR...). Não entramos em nenhum, mas eles são lindos por fora.



Não lembro qual que é esse aí...

Continuamos andando até chegar na Under der Linden, que é como se fosse a Champs Elysée de Berlin. É uma avenida larga que termina no Portão de Bradenburgo. Aí sim tinha uma lotação de turistas, mas pra falar a verdade, eu nem achei ele tãaao legal assim não. É bonito e ele é um símbolo da reunificação alemã (pq na época do muro ele ficava numa 'terra de ninguém', nem lá nem cá) e um dos únicos portais anttigos que sobreviveram ás guerras. Mas achei meio fuen... Esperava mais.



De lá, passei numa barraquinha que vendia o famoso Currywurst, que é um petisco típico de Berlin. É uma espécie de cachorro quente, mas com curry! É muito bom e combina demais. É algo que eu nunca tinha imaginado que casaria tão bem.

Continuando a andança, chegamos ao monumento aos judeus mortos na guerra na Europa. Eua chei bem impressionante. Ele foi construído perto de onde era o bunker do Hitler. Não dá pra saber exatamente onde era o bunker, pq não é marcado, para evitar peregrinações nazi ao lugar. Visto de cima, parece um cemitério, com vários retângulos cinzas iguais. Mas quando vc entra, a "profundidade" entre cada "túmulo" varia, podendo bater no seu joelho ou crescer a metros da sua cabeça. Dá uma sensação bem estranha. Tem várias polêmicas em torno desse monumento. Tem gente que diz que deveria ser uma homenagem não só aos judeus, mas á todas as vítimas da guerra. Tem gente que acha ruim dele ser perto do antigo bunker. Além disso, descobriu-se que a companhia que fornecia uma substância protetora para o monumento tbm tinha fornecido no passado um produto químico que compunha o gás mortal usado nos campos de concentração.
Polêmicas a parte, achei muito bacana a idéia do monumento.





Alguns passitos a mais e chegamos na Postdamer Platz, que foi uma área muito destruída pela guerra e que agora é cheia de prédios modernosos.



A gente nem se aventurou em nada pq a essa altura do campeonato, a gente já estava morrendo de fome. Comemos num restaurante italiano muito bom e barato. A princípio, pode parecer sem graça comer italiano na Alemanha, mas ele tinha uma cara ótima e a fome não deixou a gente procurar muito não.

Voltamos dali pro albergue, passeando um pouco aqui e acolá ainda.

De noite, o moço da recepção recomendou um bar que se chama White Trash, que era pertinho. O bar é inspirado no velho oeste americano. É tipo um Eddie Burger, mas com cara de pub. Comemos hamburgueres óootemos e, claro, provamos umas cervejas. Embaixo funciona uma boite, mas a gente nem foi. Nem tinha como, depois da maratona do dia!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hoje é o meu aniversário!

E eu não tenho nem idéia do que dizer.

Mas também, o aniversariante não tem que falar nada mesmo não, né?

25 - tô curtindo!

UPTDATE: Deu tudo certo no niver! Ganhei jantar, almoço, presente e assim os 25 chegaram sem fazer muito estrago! Merci tout le monde pelos parabéns!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Domingo na Disney!


Quando eu tinha uns 10 anos, minha irmã foi pra Disney. Ela voltou cheia de fotos, presentes e contou em detalhes tudo. A partir daí (aliás, desde um pouco antes, quando compramos uma Capricho especial Disney que tbm contava tudo sobre lá e era a preferida da minha coleção) eu sonhava com o dia em que EU iria pra Disney. Mas como era uma coisa que eu queria tanto, e que parecia tão fantástico, e que parecia tão longe de acontecer, eu pensava que nunca aconteceria. Tinha dias que eu tinha certeza de que eu ia morrer antes dos 15 anos, pq eu não conseguia me imaginar na Disney. Era alegria demais pra poder ser verdade.

Mas o dia chegou e com 15 anos, em janeiro de 1999, eu fui pra Disney! E voltei cheia de fotos, presentes e contando os detalhes! Foi, a princípio, inesquecível!

Só que quase 10 anos depois (nusga!), minha memória começou a falhar. E olha que a minha é muito boa, mas eu não conseguia mais me lembrar com tanta nitidez do que eu tinha visto, como era o meu dia, o que eu tinha sentido nessa viagem que foi um marco da minha vida. E isso me deixava arrasada.

Porém, esse finde, eu tive a oportunidade de dar uma cutucada no cérebro e abrir as várias gavetinhas emperradas que guardavam muitas dessas memórias disneylandicas. Porque eu pude reviver de verdade um pouco delas de novo!

EuroDisney! Meia hora de Paris! Um pouco (muito!) menor do que a original, mas com o mesmo clima que te deixa automaticamente feliz e com a sensação de ter 6 anos de idade!

Tava lotado, com filas dignas de Disney mesmo, mas agora eles inventaram já o supermoderno fast-pass (que não existia nos meus 15 anos!). É tipo uma pré-reserva, um fura fila. Vc pega um cartãozinho que te dá um horário. Nesse horário, vc volta no brinquedo e pula a fila toda!

Fomos na montanha russa do Crush, a tartaruga "brother" de Nemo, que simula a corrente leste australiana! Uma coisa de doido, sensacional. Vc perde totalmente o referencial!


Depois, o elevador que cai. Nesse me deu pânico desde antes, pq é a pior sensação do mundo. Tipo morte eminente! E eu já tinha passado por esse sofrimento e não via motivo pra passar por ele de novo! Queria desistir de qualquer jeito e gritei como uma demente o tempo todo, até mesmo antes de começar a cair! Na fila eu já tava tensa demais, e todas as pessoas com uma cara de quem ia na padaria, de tão blasé! Povo frio e sem emoção!


Teve ainda a Rock&Rollercoaster, ao som de Aerosmith, que é legal tbm. Space mountain, que tenho certeza que me deu um hematoma subdural, de tanto que sacudiu minha cabeça e um simulador de Star Wars que me deixou enjoada, e tá bom, né?


Depois disso, a tradicional parada um lanchinho!










Fomos embora mortos, mas desestressados até ano que vem, depois de esgotar todos os nossos estoques de adrenalina.

Além de ter sido um dia divertido ao cubo, acho que foi o programa ideal pra comemorar meus 25 anos. 10 anos depois da minha viagem original pra Disney, do meus idos e queridos 15 anos! Muito tempo passou e eu tenho a sensação de que eu mudei muito pouco. Eu sei que na verdade eu mudei muito, mas eu não consigo apontar exatamente em que. Acho que por isso que eu sou nostálgica: minha idade aumenta mas eu ainda me sinto no passado, a mesma menina que achava que ia explodir e morrer de felicidade quando chegasse na Disney. Eu ainda tenho overdose de alegria na Disney. E acho que vou ter pra sempre. Tô começando a achar que esse trem de idade é só um detalhe mesmo. Um número a mais na vida, igual telefone, CPF, identidade... No fundo mesmo, diz muito pouco sobre vc!


Essa foto eu juro que nem vi tirando! E essa minha cara de retardada toda foi só pq eu achei o bichinho do Émile de Ratatouille!