terça-feira, 28 de outubro de 2008

Berlim - Day 1

De presente de aniversário, eu me dei uma viagem para Berlim. Era uma cidade que eu queria conhecer e a Júlia estaria em Helsink nessa mesma época. O meio do caminho pra gente se encontrar seria lá. Ajustamos datas, preços de companhia low-cost, hospedagem e dia 22 a noite partimos.

A Júlia chegou em Berlim de noite mesmo. Eu, na pobreza de achar o trajeto mais barato possível, consegui uma rota da RyanAir que fazia Montpellier-Frankfurt e Frankfurt-Berlim por 0 euros! Sim, ZERO euros a passagem. Mas com a taxa de embarque, a taxa de compra pela internet e mais algumas invençõezinhas pra subir o preço, a passagem fechou em 27 euros! Nada mal! O problema é que eu chegaria em Frankfurt a meia noite e o check-in pra Berlin seria ás 5 da manhã. O aeroporto é bem longinho do centro, então não valeria a pena um hotel. A solução: ser hippie e dormir no aeroporto.

Eu tava meio apreensiva, mas tinham váaarias pessoas fazendo a mesma coisa. O negócio é achar o seu cantinho e o resto é tranquilo! Eu dei muita sorte, pq achei quase um quartinho privé! Tinha uma pilha de caixas e outros seilamaisoquês e atrás tinha uma mesa! Foi só colocar o casaco de travesseiro e era praticamente uma cama!



Cheguei em Berlin cedinho, encontrei com a Júlia no aeroporto e fomos pro albergue. Ele chama East 7 e eu recomendo fortemente. Ele fica no que era o lado oriental de Berlin, numa região que se chama Prenzlauer Berg, que é descrita pela Wikipédia como a região trendy da cidade. Como a revitalização do lado oriental é recente, os preços dos imóveis não são muito caros, o que atrai jovens e artistas , que atrai bares e restaurantes voltados para esse povo, o que cria uma atmosfera muito bacana. Além disso, o albergue não era daquele tipo que acolhe mochileiros toscos que só querem saber de sexo drogas e rock&roll e que é um bar 24h fedendo a cigarro e cerveja. A maioria dos hóspedes eram meninas e o clima era muito tranquilo. Além de ser limpíssimo, com cheirinho de limão com pinho sol!



A gente ficou num quarto duplo, o que tbm ajuda. Só não tinha banheiro exclusivo, mas nos 4 dias que ficamos lá, eu cruzei com pessoas alheias no banheiro apenas 1 vez. E tbm depois de anos de competições de dança ficando em alojamentos, e retiros de crisma dividindo o banheiro com outras 800 pessoas, isso definitivamente não foi um problema.

A gente só poderia se apossar do nosso quarto mesmo depois das 2h da tarde. Então só deixamos as coisas lá e fomos passear pela região, á pé mesmo. A primeira parada, pertinho do albergue, foi na AlexanderPlatz, onde tem uma torre de TV que é a coisa mais alta da Alemanha, com 368m de altura. Dá pra subir lá em cima, mas vc tem que enfrentar uma mega fila e pagar quase 10 euros. Não animamos. O povo acha a torre horrorosa. Não achei tão feia assim, mas tbm não tem nada de bonita.



Continuamos nossa caminhada e uma coisa que me impressionou muito foi que é uma cidade muuuito tranquila. Não tem um mar de gente na rua. Tem turistas, mas até eles são mais tranquilos, e não aquele frenesi de máquinas fotográficas pra todo lado, igual em Paris. Mas tbm não é uma cidade bela, no sentido literal da palavra, como Paris. É uma cidade com cara de cidade. Com várias coisas bonitas, legais, turísticas, mas ainda assim uma cidade. Me lembrou muito BH!

Andando mais um pouquinho, chegamos no Berliner Dom, que é a maior igreja de Berlin, do fim do século 19. É engraçado que, depois de ver várias catedrais góticas, que é aquela coisa imponente, cheia de pontas e torres, eu achei que essa nem tinha cara de Igreja. Apesar de linda e enoorme tbm, não é assustadora, como muitas catedrais. Diz a Júlia que é essa a idéia mesmo. O período gótico queria impor um certo medo e terror e o período clássico focava mais no homem, nas trocas entre eles, dentro de um ambiente um pouco mais acolhedor.



Essa igreja fica pertinho da "Ilha dos museus", que é como se fosse uma ilha mesmo no meio do Spree, o rio que corta Berlin. Ela se chama ilha dos museus, pq os principais museus da cidade ficam ali (DRRRRR...). Não entramos em nenhum, mas eles são lindos por fora.



Não lembro qual que é esse aí...

Continuamos andando até chegar na Under der Linden, que é como se fosse a Champs Elysée de Berlin. É uma avenida larga que termina no Portão de Bradenburgo. Aí sim tinha uma lotação de turistas, mas pra falar a verdade, eu nem achei ele tãaao legal assim não. É bonito e ele é um símbolo da reunificação alemã (pq na época do muro ele ficava numa 'terra de ninguém', nem lá nem cá) e um dos únicos portais anttigos que sobreviveram ás guerras. Mas achei meio fuen... Esperava mais.



De lá, passei numa barraquinha que vendia o famoso Currywurst, que é um petisco típico de Berlin. É uma espécie de cachorro quente, mas com curry! É muito bom e combina demais. É algo que eu nunca tinha imaginado que casaria tão bem.

Continuando a andança, chegamos ao monumento aos judeus mortos na guerra na Europa. Eua chei bem impressionante. Ele foi construído perto de onde era o bunker do Hitler. Não dá pra saber exatamente onde era o bunker, pq não é marcado, para evitar peregrinações nazi ao lugar. Visto de cima, parece um cemitério, com vários retângulos cinzas iguais. Mas quando vc entra, a "profundidade" entre cada "túmulo" varia, podendo bater no seu joelho ou crescer a metros da sua cabeça. Dá uma sensação bem estranha. Tem várias polêmicas em torno desse monumento. Tem gente que diz que deveria ser uma homenagem não só aos judeus, mas á todas as vítimas da guerra. Tem gente que acha ruim dele ser perto do antigo bunker. Além disso, descobriu-se que a companhia que fornecia uma substância protetora para o monumento tbm tinha fornecido no passado um produto químico que compunha o gás mortal usado nos campos de concentração.
Polêmicas a parte, achei muito bacana a idéia do monumento.





Alguns passitos a mais e chegamos na Postdamer Platz, que foi uma área muito destruída pela guerra e que agora é cheia de prédios modernosos.



A gente nem se aventurou em nada pq a essa altura do campeonato, a gente já estava morrendo de fome. Comemos num restaurante italiano muito bom e barato. A princípio, pode parecer sem graça comer italiano na Alemanha, mas ele tinha uma cara ótima e a fome não deixou a gente procurar muito não.

Voltamos dali pro albergue, passeando um pouco aqui e acolá ainda.

De noite, o moço da recepção recomendou um bar que se chama White Trash, que era pertinho. O bar é inspirado no velho oeste americano. É tipo um Eddie Burger, mas com cara de pub. Comemos hamburgueres óootemos e, claro, provamos umas cervejas. Embaixo funciona uma boite, mas a gente nem foi. Nem tinha como, depois da maratona do dia!

2 comentários:

Anônimo disse...

Êta aniversário comemorado!O encerramento,com esta viajem a Berlim foi,sem dúvida, chave de ouro. Muitos beijos.VóvóZézé.

Nisia disse...

Clara,
umas cervejas, quantas? Com a carinha vermelha que vc e a Julia estão tenho medo que o Henrique perca o título de neto mais cervejeiro!
Beijos