Road Trip: Amsterdam!

Holanda! Mais um país para a minha coleção! A viagem de Bruxelas até aqui transcorreu sem maiores problemas. De cara, chegamos e nos deparamos com o albergue que o Bernardo tinha ficado já. Chama StayOK, o que me deixou com a música da Vanessa Hudgens na cabeça pelo resto da vida ("Will you say alright, will say OK..."). O lugar era super arrumadinho, mas ia ter o mesmo problema em potencial de Brugges: o quarto era de 6 e provavelmente um estranho habitaria entre nós. Além disso, a diária era meio carinha pra um albergue. Como chegamos relativamente cedo e a Teka tinha visto um hotel na Internet por 15 euros a diária, resolvemos sair em busca do tal hotel. Só que o hotel era na periferia, bem afastado do centro. Tão afastado que na hora que a gente desistiu de procurar já estávamos completamente perdidos!!! Nessa hora, a possibilidade de um 6o integrante para o quarto já não parecia tão ruim! Horas de voltas e olhadas no mapa depois, voltamos ao StayOk. Como castigo divino por termos menosprezado o local, não não havia quartos disponíveis para nós 5. Íamos ter que nos dividir: mulheres de um lado e homens de outro dividindo quartos mistos com pessoas alheias. Tudo bem, vamo lá, este é o espírito aventureiro.
Mas na Holanda, terra da maconha legalizada, as coisas não foram tão simples assim. O quarto dos meninos foi de boa, acabou que eles nem esbarraram com os outros membros.
Nosso caso já foi um pouquinho mais complicado... Ao abrir o primeiro quarto que nos foi designado, nos deparamos com 89 homens totalmente doidões. Todas as camas bagunçadas e o pau comendo lá! Voltamos á recepção e falamos que não tinha a menor condição de ficar lá, se não tinha outro quarto disponível. A moça foi supersimpática, pediu mil desculpas, deu 3 fichinhas de bebida para trocar no restaurante do albergue e mudou o nosso quarto. Mas ainda continuava sendo um quarto misto com pessoas avulsas.
No nosso novo quarto havia aparentemente só mais uma pessoa. Era um neozelandês um pouco mais velho, altão e magrelo. Ele disse que trabalhava com publicidade no Quênia, e que estava na Holanda de passagem para sair um pouco de lá, pq as coisas estavam muito complicadas lá com a eleição e tudo mais. Pareceu um cara bacana e politizado! Ufa, menos mal assim. Logo depois das apresentações, ele saiu e nós fomos tomar banho e trocar de roupa para sair um pouco.
A Teka tava meio mal de gripe (resquícios de Lille) e tava muito frio e chuviscando então demos apenas uma passagem no Red Light District, aquele lugar tradicional de Amsterdam, onde há umas vitrines com mulheres peladas dentro. Achei que o negócio era pior. Na verdade as coitadinhas ficam lá, de calcinha e sutiã, sentadas corcundas, fumando um cigarro, com cara de bosta. Tem umas muito bonitas e muitas gurditas, tadinhas!
Voltamos para o albergue e ótimo: ninguém no quarto. Quando estávamos nos preparando pra dormir chega nosso amigo intelectual, com os outros dois integrantes do quarto, completamente chapados! Foi uma situação muito estranha! Eles não fizeram nada, mas deu muito medo! Eles ficavam o tempo todo falando "Man, I'm so high!". E um dos integrantes era japonês e não falava nada, só ficava lá com cara de doidão. Pânico! Tratamos de dormir rapidinho, pra no dia seguinte tentar trocar de quarto.
Graças a deus, Ele resolveu perdoar nossos pecados e conseguimos um quarto para nós! Nessa altura, um 6o integrante avulso era quase uma felicidade! A gente já tava até quase convidando alguém alheio pra ficar com a gente!
Nessa troca-troca de quarto, ficamos um bom tempo nos corredores do StayOk.

Ótima oportunidade para uma foto artística!

Resolvidos os problemas fomos conhecer a cidade!

Na Holanda, tem que ter uma foto com um moinho!

A primeira parada foi no museu do VanGogh. O Bernardo já tinha ido, e as meninas ficaram com um pouco de preguiça, então fomos só eu e o Conde. O museu é lindo e super didádico. Explica direitinho a história do VanGogh, cada fase do trabalho dele. Dá até pra filosofar em cima do assunto! Tem também umas coisas nada a ver, meio pra encher linguiça, como velhos manuscritos japoneses que influenciaram uma fase dele, mas no geral foi muito interessante.

Ah, esqueci de contar! Como eu falei antes, ter carro na Europa é um péssimo negócio! Todo lugar o estacionamento é pago, daqueles que tem um negócio pra colocar moedinhas. Mas de meia noite ás 9 é de graça. Saímos ás 9:30 e vimos que ás 9:23 tomamos uma multa! Então, pra evitar riscos, deixamos nosso carro no albergue, que por ser em área residencial a hora é mais barata, enfiamos todas as moedas do mundo que a gente tinha, e fomos passear mais de metrô!

A cidade é bonita, e a cada rua tem um riozinho no meio.

O centro porém, é meio toscão, meio povão, com uma decoração de Natal meio poluída. Mas depois de Paris, a concorrência é até desleal.

Tem uma lojinha de souvenirs linda lá, onde tudo tem a marca I AMsterdam, que é bem legal. A loja tem umas vacas no teto!

A cidade é famosa pelas tulipas, então vamos ter que voltar aqui na primavera. Mas vai aí umas artificiais, só pra ficar completo!

Depois de passear muito, fomos procurar um lugar para comer. Como já eram quase quatro da tarde, a maioria dos restaurantes já tinha fechado do almoço e ainda não tinha aberto o jantar. Achamos um lugar porém que funcionava. Não tinha nenhuma pessoa dentro. A garçonete que nos atendeu tinha 8m de altura, era supersimpática e os pratos tinham uma cara muito boa e era barato... Tudo muito estranho. De repente começa tocar um cd de bossa nova. E nenhuma pessoa no restaurante. Começamos a ficar com medo. Era bom demais pra ser verdade, com certeza era uma pegadinha. Quando chega a comida, era muuuuuuuuito farto. O Bernardo pediu uma costeleta e veio quase o boi inteiro. Tudo uma delícia. A gente quase saiu correndo de medo. Nada tão bom assim vem de graça... Mas acabou que era isso mesmo... Acho que Deus quis compensar a noite com os maconheiros...

Saindo do restaurante, resolvemos passar em um coffee shop, onde é liberada a maconha. Mas calma, que a gente foi lá só por curiosidade de turista. Ninguém nem encostou em nada. Esse é o mais famoso deles.

Depois de tudo, estávamos todos mortos. Voltamos pro albergue, tomamos banho e ficamos no barzinho de lá mesmo, que tinha chopp barato e aperitivos. Conversamos bastante, rimos muito, e fomos dormir.
No dia seguinte, hora de voltar para Paris! Tudo foi ótimo, mas era hora de voltar pra realidade: Bernardo e Teka pras aulas, eu pra Montpellier, Conde e Lívia pro Brasil.

Mas... Esse não foi o fim da viagem! Aguardem cenas dos próximos capítulos!