terça-feira, 12 de agosto de 2008

Hereditariedade falha

Longe da família, eu tenho percebido em mim cada vez mais traços herdados. Seja no físico, no gosto ou no jeito, seja pela genética ou pela convivência, não tem como. A gente acaba saindo mais parecido com a forma que fez a gente do que imagina, mesmo fazendo força pra fazer diferente.

Na família da minha mãe, corre uma tendência a achar que a comida nunca é suficiente e tentar empurrar goela abaixo das pessoas que te fazem visita a maior quantidade de comida que for possível. Nessa parte, eu estou me saindo melhor que a encomenda. Meus hóspedes que o digam!

Só que eu descobri que eu tenho uma herança falha. Na família da minha mãe tbm rola uma obsessão por limpeza e arrumação. A imagem é tão forte que eu, minha irmã e minha prima, quando pequenas, tínhamos como uma de nossas brincadeiras preferidas lavar banheiro com shampoo Elseve roxo. Uma outra cena que eu não apago nunca da memória é da minha vó, já depois dos 70 anos, agachada com uma agulha tirando a mínima sujeira que fica entre os tacos da tábua corrida do chão da casa dela! Lá em casa, minha mãe tbm seguia a cartilha direitinho, o que fez com que a gente se acostumasse com tudo bem limpo e arrumadinho! Eu fiquei tão mal acostumada que uma vez, ao ir dormir na casa da minha vó, eu fiz ela passar a ferro a cama depois de pronta, pq eu achei que ela não tava tão esticadinha quando a cama que minha mãe arrumava!

Mas a hereditariedade falhou em um ponto. Assim como a lavação de banheiro com Elseve nunca dava certo, eu herdei o gosto por limpeza e arrumação mas não a habilidade para executá-la! Eu sou bagunceira e minha própria bagunça me irrita! Eu gosto das coisas limpas, mas a minha faxina é uma porcaria! E eu juro que tento! O boxe do banheiro então é uma desgraça, porque como a água aqui da França é muito calcárea, parece que ele está sempre sujo! E me irrita demaaaaaais! Essa porcaria de água tbm fez meu cabelo começar a cair muito e o chão fica um mar de cabelos, não importa quantas vezes a gente limpe!

Isso é muita injustiça genética! Vcs não imaginam a aflição que isso me dá! Eu praticamente executo um número de sapateado irlandês "Lord of the Dance" de tanta vontade de dar um piti quando eu detecto essas sujeiras ou as minhas bagunças de roupa, papel, coisinhas, cosméticos, bijuterias, etc!

Meus filhos eu já vou criar num cheiqueirinho pra eles crescerem acostumados com um ambiente não tão asséptico ou então vou programar cursos intensivos de faxina com a minha mãe pra não passar essa falha pra frente!

Deve estar todo mundo querendo me internar agora, né?

6 comentários:

Unknown disse...

Eu que o diga !!! Mas a parte do axpira pode deixar comigo !! hehehehe... Bjinhos.

PS: Eu sabia que você ia colocar um post sobre limpeza hoje, depois da lavação da geladeira de ontem.

Anônimo disse...

Clarinha, meu amor essa parte do excesso é a hora de fazer diferente É a hora de cortar a corrente, porque senão coitados dos próximos descendentes.Mas com certeza o que diz respeito ao resto dessa hereditariedade, dessa genetica eu gosto de pensar que nós arrasamos Paris.
saudades bjim.

Anônimo disse...

Preocupa não filha. Tenho certeza que do jeito que vc faxina já tá bom demais. Não precisa ficar igual a da mamãe não.

Beijos

POPS

Anônimo disse...

HEHEHEHE
Assis, vc é uma comédia!!!

Mas aqui, fala serio, né?

Não basta você querer ser a melhor biologa, melhor amiga, melhor namorada, melhor dançarina....

Você ainda quer ser a melhor FAXINEIRA??????


kkkkkkkkkkk


Bjo, pode deixar que tomamos conta do Lins aqui, tá?

Unknown disse...

Clarinha, se você estiver limpando igual aos banheiros da crisma está ótimo.
Beijo Marinete.
GG

Julia Mesquita disse...

clara!!!

sua louca!

seu limiar de aceitação de bagunça que é muito baixo! sua casa é mega arrumada!

Mas eu concordo com esse trem da água! é um saco mesmo! quando o exu da limpeza me possuia e eu lavava toda a pia por um momento ficava lindo, mas em seguida já tava tudo cheio de bolota branca!

água nojenta da europa! =] o negócio é lava louça com Perrier! rs!

Pela banalização do lusho!