quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A saga do feijão ou Cultivando a brasilidade

Depois de todo o conflito iniciado pelo cassoulet maldito que culminou com o movimento pró-brasilidade, resolvi que tinha que comer um feijão pra testar!

Aliás, o desapego ao feijão é uma das minhas características anti-brasilidade que começaram a me incomodar. Todo mundo que mora fora sente falta de feijão e geralmente é a primeira coisa que pedem pro povo que vem visitar (eu peço pão de queijo! momento feliz da mineiridade urbana se revelando!). Eu não...

E não é que eu não goste de feijão. Eu amo feijão! E a Lú faz um feijão tão bom lá em casa que ele nem pertence mais ao filo dos feijões normais, já subiu de patamar! E do feijão dela eu sinto falta.
Mas acho que, devido a minha curiosidade gastrônomica que me faz querer, pelo menos por esse ano, experimentar as coisas que eu só vou ter a oportunidade de comer aqui, eu acabei não me ligando muito no feijão (e adquirindo algumas arrobas extras, diga-se de passagem).

Mas aí a gente viu esse feijão enlatado aí embaixo no Monoprix, e ele até tinha uma carinha de feijão brasileiro. "Refogando com um bacon, um alho amassado e uma folhinha de louro, se perigar fica até bom!", disse Júlia Mesquita. O louro eu esqueci, mas o resto todo eu fiz! O caldo meio que custou pra engrossar e ficou numa cor meio estranha, meio clara. Acho que faltou "amor" (sázon!)



Pra acompanhar, eu decidi fazer o meu prato do dia a dia mais favorito de todos! Arroz, feijão, carne moída e ovo frito! Pra mim, ganha do quase unânime arrorfeijãobifebatatafrita.

O arroz, antes a gente tava comprando aqueles de saquinho que vc só ferve e pronto. Mas resolvemos comprar um arroz Thai, que eles mandam fazer igual macarrão, fervendo um litro de água, jogando la dentro e depois escorrendo. Mas fiz ele à lá bresilienne, refogando cebola, cobrindo com um dedinho de água e tal! Não ficou soltinho-da-vovó, mas não empapou, o que já é uma vitória.

A carne moída foi gerada a partir da desconstrução de dois hamburgueres. Não é perfeito, mas é o melhor que tá tendo!



O ovo frito! Quem é que inventou a expressão "não sabe nem fritar um ovo!", como a caracterização do absurdo do não-talento culinário da pessoa em questão? Fritar ovo é a parte mais difícil! É igual falar "não sabe nem integrar uma equação!" ao invés de falar "não sabe nem quanto é dois mais dois!", pra caracterizar a burrice de alguém!



No final das contas, dada a improvisação utilizada na confecção do prato, ele até que deu certo! E ficou bom, viu? Engraçado que eu fiquei até com vontade de chorar! Era como se eu tivesse no Brasil de novo! É o poder do arroz com feijão!

6 comentários:

Anônimo disse...

very nice! hahahahaha

Anônimo disse...

Você é a Clara:brasileira,mineira,Belorizonttina e gosta de arroz com feijâo.Naõ queira mudar isto. Vovó Zézé.Beijns.

Unknown disse...

Oi paixão, passei por aqui só pra dizer que o seu arroz com feijão estava divino, e muito melhor que o do Bernardo ! Bjos

Anônimo disse...

AAAAAAAAAAA
Ai nao!!!
Esse Clark eh um media mesmo!!!

Anônimo disse...

CLarinha...o resultado final ficou incrível! (confesso que as fotos das etapas estavam meio assustadoras). MEsmo daqui do Brasil onde tenho acesso ao "original", fiquei com água na boca! Parabéns!!!! Tirando leite de pedra....
Beijão da Dani!

Unknown disse...

O almoço daqui de casa tá quase pronto.
Nossa!!!!
Acho que vou até comer feijão que não é das coisas que mais gosto.
Beijo.
GG