Pela lógica, o super jantar alemão seria minha última aventura em Berlim. Mas os deuses do turismo ainda não estavam satisfeitos e quiseram que eu ficasse mais um dia. Então, mesmo acordando ás 5 da manhã, chegado na estação e o metrô já estar lá me esperando, o trem que iria para o aeroporto demorou 1h pra chegar! MAs ainda não estava tudo perdido. Cheguei no aeroporto, corri igual louca, errei de terminal, corri igual louca para o outro e finalmente cheguei 3 minutos depois do check-in ter terminado... A atendente, com uma frieza germânica que até então eu não tinha conhecido em Berlin, não deu margem para negociações e quando meus olhos começaram a querer chorar contra a minha vontade, ela me lançou um olhar mais gelado ainda!
Passada a raiva, e a passagem (pra dali 24h) resolvida, fui fazer então a única coisa que me restava: aproveitar meu bonus day in Berlim!
Pra ver se o dia dava uma melhorada, fomos procurar um lugar bacana para tomar um bruch, pois eu tinha lido que em Berlim no domingo era tradição, e vários lugares ofereciam brunchs fartíssimos a preço de banana.
A moça da recepção do albergue sugeriu um lugar na região de "Lourdes", que a gente tinha ido jantar no dia anterior. Chegamos no lugar indicado e estava lotado! Fila de espera! Sinal de que era bom! Nem demorou muito. Pedimos um menu pra duas pessoas que era muito farto e muito bom!
Vinha nessa bandeja de "andares". O primeiro era de queijos e "presuntos" diferentes. O segundo era de pastinhas, manteigas, conservas. E o terceiro de frutas e geléias. O pão era a vontade. Ficamos mais de duas horas lá, comendo e conversando. Podia ter uns lugares assim em BH, né? Com brunchs fartos, gostosos e principalmente baratos!
Em frente ao lugar, esse tronco de árvore me chamou a atenção. Ele tem uns nichos cheios de livros. As pessoas vão lá e colocam livros e pegam outros. Tipo uma forma de trocar livros super legal e arrumadinha. Eu sei que no Brasil tem um projeto que chama "Perca um livro", que segue mais ou menos essa idéia. O negócio e pagar um livro legal e "perder" ele em algum lugar. Dentro do livro, vc explica o projeto. Assim, a pessoa que achar o seu livro, pode levar ele pra casa e é convidada a "perder" um livro ela tbm, pra dar continuidade. Acho que vou perder uns quando eu voltar pro Brasil.
Depois da comilança, fomos visitar o museu Bauhaus, que tinha ficado de fora da minha programação. Pra quem não sabe (como eu não sabia), vai aí a explicação da wikipedia.
"Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo."
Ele é bem fora de mão, longe de todas as outras coisas, e é pequenininho. Mas valeu a pena! A história do negócio, a forma como as coisas foram desenvolvidas, o jeito de pensar nos materiais, nas cores, tudo é muito legal e moderno!
De lá, fomos para a antítese da modernidade. Charlottenburg é o distrito mais antigo e luxuoso da cidade. Se várias partes da cidade parecem com BH, essa fica de fora e parece mesmo é com Paris. Demos uma andada, mas como já estava escurecendo e ainda por cima era domingo, não deu pra ver muita coisa. Apenas o palácio de Charlottenburg propriamente dito, que foi contruído por um Kaiser para dar de presente pra sua mulher, que deu pra conhecer. Ficamos um pouquinho na lojinha e depois fomos achar um lugar pra comer.
Voltamos pra nossa querida região trendy-hype com vários cafés e restaurantes baratos e acolhedores para escolher. Sentamos num primeiro para tomar um café e descansar, depois de tantas andanças. Depois, um pouco mais pra frente um italiano simpático, comandado pelos italianos com mais cara de italianos que eu já vi.
Os preços eram mais do que razoáveis e o lugar estava cheio de gente noba e bonita. Numa mesa gigante do nosso lado, um menino levanta-se lá da ponta oposta, vai até a gente e fala: "Vcs são mineiras, não?". A gente: "UAI! Como vc sabe?" Ele disse que a gente até que não tem cara de brasileira, e que a gente podia ser francesa ou espanhola tranquilamente. Mas que tem alguma coisa que sempre faz a gente saber quem é brasileiro. Fiquei feliz, melhorou um pouco o meu trauma.
O menino logo voltou para os seus amigos e nossa comida chegou logo depois. Quando deu 10h da noite, o restaurante que estava lotado esvaziou de uma vez! Sobrou a gente e o dono italiano, gordinho e de bigode, que sentindo a irmandade latina ofereceu pra gente uma Sambuca, que é tipo um licor de qualquer coisa, acho que anis, por conta da casa. Eu odeio anis, mas como que faz pra negar, né? Tomamos a tal da Sambuca e depois já era hora de voltar.
Para garantir o vôo, fui de novo dormir no aeroporto. È muito mais tranquilo do que eu imaginava e dormi como um anjinho! Fui a primeira pessoa do aeroporto inteiro a fazer check-in! A volta foi por Lyon e de lá eu peguei um trem, de volta para a minha Montpellier, retomar a vida!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Berlim - Bonus Day!
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2 comentários:
Uai, eu só conheci o seu bônus day! Tirando Postdam e Charlie Check Point, tudo que eu fui em 97 foi o que vc viu no bonus day...
nísia!!!
então você tem que voltar a berlim!
você vai amar é muito tipo BH, só que na europa né?!
E o museu dos judeus é muito muito bacana!
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