Diz que após algum tempo inativo, o servidor tora o blog do ar...
POR FAVOR! Não faça disso antes que eu tenha arquivado o conteúdooooo!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Não deletem meu blog!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Será que existiu?
É até engraçada essa vida, né?
Quando eu ainda estava em Montpellier, eu ficava tremendo de medo da volta, de como ia ser, de como as pessoas iam estar, de tudo estar diferente e etc...
Todo mundo que já tinha passado por isso falava que eu não tinha com o quê me preocupar, que tudo ia estar do mesmo jeito que eu deixei.
Agora que eu terminei de chegar mesmo e já estou acostumada, é impressionante! Não é nem que as coisas não mudaram. É que parece que eu nem nunca saí daqui. É tudo tão familiar, os lugares, as pessoas, as comidas, tudo tão natural, que eu fico me perguntando se o ano de 2008 aconteceu mesmo ou se eu fiquei esquizofrênica!!!
imagem daqui
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Ano novo, vida nova, blog novo!
De volta ao Brasil, a Belo Horizonte e a minha vida!
Uma correria só, que depois eu conto direito. E nesse bololô, nem deu pra pensar muito em blog.
Fiquei hesitando entre desistir, criar um novo ou continuar a escrever qualquer coisa por aqui mesmo...
Tinha a preguiça, a falta de tempo, e a vergonha das coisas que eu escrevo (como um ser pode ser tão repetitivo assim?) pesando pra deixar de lado. Mas foram muitos pedidos de fãs desesperados, então diante disso, que remédio senão dizer ao povo que fico?
Já mudei a cara dele, porque afinal de contas agora as postagens são direto de BH city, e não sei muito bem o que escrever nele. Mas vai sair qualquer coisa!
Aguardem!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Au revoir...
Tantos dias sem atualizar... Tantas coisas ainda pra contar... Mesmo tantas coisas ainda pra viver! Mas não deu tempo!
Passou muito rápido! Ao mesmo tempo que parece que foi ontem que eu cheguei, já tem uma vida que eu estou aqui. Já tem coisas que eu sei que já ficaram pra trás e que eu mudei. Outras tantas coisas, eu só vou descobrir se mudaram completamente ou ficaram do mesmo jeito daqui um tempo.
A melhor metáfora (adoro metáforas!) pra essa experiência é a da montanha russa. Tem o frio na barriga do antes, o misto de pânico e prazer no meio, e um final muito mais rápido do que o previsto. Vc vira de cabeça pra baixo 89 vezes, sobe, desce, vai e volta e no final vc chega atordoada no mesmo lugar de onde vc saiu, sem mesmo entender muito bem o que acabou de acontecer.
Eu quero voltar. Mas dá dó de partir. De saber que essa minha vidinha, que não é nenhum vidão francês glamuroso, mas da qual eu aprendi a gostar, acabou. E tbm dá medinho de saber que o Brasil, a BH, a casa pra onde eu volto também não é a mesma que eu deixei. Parece muito repetitiva essa ladainha toda, mas é uma questão que gruda no cérebro e é inevitável de pensar. Mas bom que nessas últimas semanas, tanto trabalho, tanta correria, nem deu pra surtar demais.
Além das minhas duas malas de 32 kg, eu levo muita coisa daqui. Além tbm da experiência profissional que eu tive. Morei sozinha, morei com namorado, morei com desconhecidos, morei com conhecidos. Viajei, fiquei a toa, fiquei em casa. Faxinei, cozinhei, comi fora, comprei. Encontrei amigos brasileiros, fiz amigos franceses. E foi tudo bom! E foi tudo melhor do que o esperado. Muita sorte a minha... E tudo isso que eu vivi com certeza vai me moldar um pouco. Mas eu ainda não sei em qual forma. Não acho que sou uma outra pessoa, mas com certeza eu sou diferente da pessoa que eu seria se não tivesse passado por isso
Além disso tudo, eu fiz esse blog. Sem pretensão. Mas aprendi tbm a gostar de escrever aqui, de contar minhas coisas, meus devaneios. Não sei o que vai ser dele daqui pra frente. Se pára por aqui, se vira outra coisa, se continua... Mas eu mesma ainda não sei muito bem o que será de mim daqui 24h. Quiçá do blog! Assim, já deixo de uma vez o meu agradecimento a todo mundo que perdeu 5 minutinhos da sua vida pra vir aqui me ver.
EXPERIÊNCIA... Acho meio baranga essa coisa de "experiência de vida"... Como pseudo-cientista, a experiência é meu dia-a-dia. E eu posso dizer que os experimentos dão muito mais "errado" do que certo. Mas na maioria das vezes isso nem é o mais importante, pq independentemente disso, a experiência te dá uma informação, te conta alguma coisa. É uma experiência... Boa ou ruim, alguma coisa sai dela. Acho que na vida tbm, né?
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Visitas aos 45 do segundo tempo
Desde que eu cheguei na França fico insistindo pros meus pais me visitarem. "É caro", "tem que organizar as coisas no trabalho", sempre tinha algum impecilhinho. Mas era o tipo de oportunidade que se eles não viessem agora, não viriam nunca. Lá em casa tem algum tipo de maldição que faz com que viajar pareça uma tarefa impossível de ser completada.
Sorte que Tia Ní, minha madrinha, juntou suas milhas para vir me visitar. E de brinde, conseguiu dobrar o adorável casal de mulas empacadas que são os meus pais, e os três chegaram aqui no sábado retrasado!
Tem um milhão de fotos pra serem passadas pro computador, e além disso, nessa reta final da minha temporada francesa, tempo está sendo artigo de luxo. Por isso vou ter que contar tudo resumidamente, talvez sem a riqueza de detalhes e brilhos que esses ótimos dias que a gente passou juntou merecem.
No primeiro dia em que els chegaram aqui, já de noite e mortos, rolou apenas a creperia tradicional da foto acima.
Domingo, já mais descansados, alugamos um carro (o qual EU conduzi!) e fomos passear pela região. Nesse dia mesmo fomos em Nîmes e Calvisson, onde tem o museu do boutis, um tipo de bordado da região que a tia Ní tá aprendendo.
Consegui tirar a 2a e a 3a para passear com eles.
Na segunda fomos em St. Guilhem le Desert, Millau (onde tem o mais alto viaduto do mundo!) e Carcassone. (abaixo, na ordem)
Na 3a, mais um pequeno giro pela Provence: Gordes, Goult, Bonnieux, Lourmarin e Arles. (A partir daqui eu não tenho mais fotas no meu computer...)
Na 4a infelizmente tive que deixar o feliz grupo de turistas para ir para Marseille a trabalho (capítulo a parte que depois eu conto).
Na 5a, depois de um dia intenso de trabalho, rumamos para Paris!
6a, sábado e domingo foi maratona turística! Andamos, andamos e andamos, que é a melhor coisa que se pode fazer em Paris!
Na 2a, de volta a realidade de Montpellier e da correria! Parece que o tempo tá galopando! Nem terminei de contar tudo e só falta uma semana preu ir embora! SOCORRO! Pelo menos não vai dar tempo de sentir saudades demais desses ótimos dias de visitas!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Sumiço
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O outro lado de Paris
Eu estive muitas vezes em Paris durante essa minha estadia aqui, mas desconfio que a Paris que eu conheço melhor não é a Paris dos sonhos da maioria das pessoas (e dos meus tbm).
Eu só tive um dia típicamente turístico em Paris, no primeiro dia que eu cheguei aqui, quando eu mal tinha descido do avião e já fui submetida ao combo Sacre-Coeur-Torre Eiffel-Louvre no mesmo dia! Mas mesmo assim, foi um dia turístico do tipo mochilão, com grana contada, comendo pizza da promoção e tal. Nada do glamour de assentar em um café, cercada de patisseries e ver a vida passar.
Depois disso, as minhas visitas a Paris acabaram sempre passando pelo olhar de quem vive nela como estudante, sujeito aos perrengues que lhes são peculiares, e não pelo olhar do turista maravilhado que flana pelas ruas, monumentos, museus, quase flutuando e que depois escrevem textos apaixonados declarando seu amor pela cidade e jurando um dia voltar pra ficar.
Não me entendam mal. A Paris do mochileiro, a Paris dos estudantes, a Paris do perrengue, continua sendo linda! E mesmo vendo por trás desses olhares, eu visitei alguns dos ditos "pontos turísticos" e achei tudo deslumbrante. Mas essa Paris não te faz flutuar. É uma Paris mais de realidade e menos de sonho. É a Paris onde seu dinheiro encolhe. Onde as vitrines e os menus dos resturantes são só para olhar. É a Paris que acorda ainda no escuro pra sair pra vida. É a Paris que é muito mais negra do que branca. Que tem mais cheiro de kebab do que de baguete. Que se parece mais com a Avenida Paraná do que com a Praça da Liberdade. Que tem gente dormindo na rua. É a Paris onde coisas como essa acontecem (eu já vi acontecer algo do tipo mais de uma vez...). É a Paris de verdade. Continua linda, como eu acredito poucos lugares no mundo devem ser. Continua muito rica, diversa. Até mais, eu acho. Cada minuto passado nela continua valendo uma aula de história.
Mas eu duvido que seja essa a Paris que os turistas esperam encontrar. Acredito até que muita gente passa por ela sem se dar conta de que ela existe. Eu mesma ás vezes custo a acreditar no que eu vejo. Mas Paris é esta. É a bomba relógio que já me falaram que explodirá no segundo em que seus reais habitantes, vindos das periferias, das minorias, resolverem se rebelar numa 2a Revolução Francesa. E isso é muito pouco falado. Ninguém tinha me contado que era assim! É como a guerra do Congo e o massacre de Ruanda que nem chegam direito no Jornal Nacional, e que eu tbm não sabia da gravidade. Me deixa preocupada o tanto de coisa que acontece de verdade no mundo e que eu não sei.
Eu amo essa Paris real, com tudo de bom e de ruim que ela tem. Mas vou confessar que, com a chegada dos meus pais e da minha madrinha (sim, eles vêm me visitar semana que vem!!!), e com eles a possibilidade de viver um pouco essa Paris turística, de se assentar em cafés, de flutuar, está sendo um sonho pra mim. Finalmente vou conhecer a Paris que eu queria! Mesmo sabendo que ela é um pouco de mentirinha...