Realmente, quem chamou a vida adulta, né Ju?
Em vias de fazer 25 anos, a minha síndrome de Peter Pan está mais aguçada do que nunca.
E eu tbm tô ficando mais doida do que nunca.
Imaginem vcs que eu fui em uma despedida de um estagiário aqui do lab que vai se mudar pra MArseille na 6a feira. Na festa, vários amigos dele, todo mundo conversando, interagindo. Eis que uma menina, ao perceber meu sotaque pergunta de onde eu sou. Respondo que sou brasileira. E ela continua: "Ah, você é intercambista?".
Num primeiro momento, fiquei toda feliz! Intercambistas são pessoas com menos de 18 anos! E ela me confundiu com uma pessoa de menos de 18 anos! Quer dizer que eu não tenho cara de velha! Eba!
Mas depois que eu analisei a minha alegria eu me dei conta de que ficar feliz quando as pessoas te tomam por uma pessoa mais nova é a coisa mais de velho que tem na vida!!! E aí fiquei arrasada com meus "25-é-quase-30-morro-abaixo"!
P.S: Esse finde tbm fui no show do "rinôçerose", um grupo de eletro-rock muito bom! Foi de graça, lá no Peyrou. Fiz um videozinho, mas não passei pro computador ainda. Hj mais tarde eu posto como foi!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Peter Pan
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
O problema da calça jeans
Não é segredo nem mistério pra ninguém que eu tô me esbaldando de comer aqui na França. E óbvio que isso tem consequências estéticas, que ás vezes me apavoram e aborrecem, mas com as quais eu desisti de lutar pq eu não consigo. Quando eu chegar em casa eu faço regime, corro, malho, jejuo, mas aqui eu vou aproveitar mesmo e tá decidido.
Já faz um bom tempo (anos!) que eu não me peso (a não ser quando obrigada, mas aí eu evito de olhar), pq eu sempre desço decepcionada da balança, mesmo quando as pessoas e as roupas falam que eu emagreci. Acredito muito mais nas minhas roupas do que na balança. E as minhas roupas tão me falando que eu tô gorda mesmo.
Pra parte de cima, ainda mais que o frio tá chegando, é tranquilo. Mas a parte de baixo começa a complicar. Isso pq já é complicado normalmente. Achar uma calça jeans que vista bem é um desafio, pq minha perna é curta e grossa. O comprimento não importa, pq a bainha resolve. Mas a calça que veste bem na perna, fica larga na cintura. E a que fica bem na cintura não passa do meu joelho!
Apesar disso, eu sempre tive sorte de achar uma calça boa e não cara. Uma das calças jeans que eu mais amei, e tenho até hj, é uma da Riachuelo que custou 19,90 reais na época, uns 7 anos atrás. Só que essa minha sorte virou e eu não consigo achar uma calça jeans que preste! Experimentei todas que existem, em todas as lojas da cidade e nada! Foi quando eu me rendi e resolvi testar uma calça de 250 euros da Diesel, só a título de curiosidade... E não é que a bichinha veste como se fosse um pijama de tão confortável? Fica certinha, não sobra nada (além do comprimento, lógico, mas tbm era querer demais, né?), nem falta nada. Aliás, falta só eu ser rica pra pagar mais de 600 reais numa calça!!! Que castigo! Mas tbm que idéia de experimentar essa calça! Guardados os devidos exageros, que existem evidentemente, minha mãe sempre disse que tem coisa que é cara não é a toa!
Mas como eu não vou ter nunca coragem de comprar essa calça, acho que o jeito vai ser tomar vergonha na cara mesmo e fechar a boca. Pelo menos até eu entrar em algo que custe menos!
foto: site da Diesel
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Muitas saudades...
Pra quem mora longe, saudade é rotina. Você sente todo dia. Nem sempre na mesma quantidade e nem sempre a mesma saudade.
Eu descobri aqui que tem muitos tipos de saudade.
Tem uma saudade que é a vontade de ter certas pessoas do seu lado, vivendo aquele momento com você. Você queria estar exatamente onde está, mas queria que a pessoa estivesse ali com você. Pra saber o que ela acha, pra ela escutar o que vc acha, e tbm simplesmente pela própria presença física da pessoa.
Tem uma saudade que é a vontade de você estar do lado das pessoas, vivendo o momento que elas estão vivendo. Você não queria estar onde está, você queria estar participando daquele momento que está ocorrendo á quilômetros de vc. Mas a física e a falta de dinheiro pra comprar a passagem e o compromisso feito de estar longe daquele lugar naquele momento para completar determinado objetivo e milhares de fatores, proíbem. Essa é a hora em que vc é confrontada com as suas próprias escolhas. Pra viver isso, a gente tem que abrir mão de outros mil dissos. E aí vc pensa: eu escolhi certo?
Tem uma saudade que é daquilo que aconteceu ontem. Quando vc passa a levar uma vida totalmente diferente, em um lugar que não é o seu, por um período determinado de tempo, o seu dia a dia é cheio de "nuncamais"es. Todo dia vc vive uma situção, vê um lugar, come uma coisa, conhece uma pessoa, que provavelmente não se repetirá nunca mais na sua vida. Pq normalmente aquela vida não é a sua, vc só está vivendo ela por esse período x. Claro que pode-se voltar um dia á esse lugar, e comer de novo a tal coisa e reencontrar as pessoas, mas é uma possibilidade remota e pouco provável de acontecer.
Tem também a saudade daquilo que aconteceu aaaaaaanos atrás. De quando vc inventava brincadeiras surreais, de quando sua vida era simples, de quando as fofocas, trabalhos e festinhas do colégio eram a coisa mais importante do mundo, de quando vc tinha praticamente todos que vc amava ao seu redor todo dia, e de quando ter 25 anos era uma coisa looooooonge até. Você sente ela quando se dá conta de que de repente vc teve que virar adulto e ninguém te avisou que isso ia ter que acontecer. E vc nem viu que tava acontecendo.
Aliás, tem muitas outras saudades. Saudade de pequenos hábitos, saudade de coisas que nem aconteceram, saudade de quem você era a algum tempo atrás... Será tudo a mesma saudade? Sei lá, mas acho uma palavra só, por mais linda que ela seja, meio limitada pra descrever tantos sentimentos que acabam sendo sempre um pouquinho diferente. Tenho dó das línguas que nem "saudade" tem pra ajudar a decifrar tudo isso que acontece dentro da gente!
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Seguro: Novela mexicana, mas com final feliz...
Não sei se todo mundo sabe/lembra que meu apartamento foi assaltado aqui em Montpellier. Passadas as chatices de fazer a ocorrência, esperar o perito e recolocar tudo, inclusive a cabeça, no lugar, começa uma nova novela das 8! De Manoel Carlos: O SEGURO!
O seguro foi obrigatório pra locação do ap. Eu fiz ele através da Fundação Kasteler, que presta assistência a pesquisadores estrangeiros. Foram eles que me ajudaram a abrir conta no banco e me arrumaram esse seguro com uma tarifa especial. Vc pode pensar: "Nossa, mas que bom que vc tinha seguro! Menos mal, pq vc vai ser reembolsada por tudo que levaram do seu apartamento. Afinal de contas, pra isso a gente paga um seguro, para nos sentirmos seguros!".
Mas se vc já teve que lidar com a corja sabe que a realidade é bem menos simpática que essa. Ao que aparenta, o lema das seguradoras é: "Vamos tornar a vida do cliente um inferno! Vamos colocar obstáculos! Vamos exigir documentos impossíveis! Vamos duvidar da integridade dos nossos clientes! Vamos enrolá-los e ignorá-los até que eles desistam e a gente não tenha que pagar 1 centavo!" Desculpe se tem alguém super legal que trabalha com seguros lendo isso, mas é que as minhas experiências não foram das melhores! (A anos atrás roubaram o carro lá de casa de dentro da nossa garagem. O seguro demorou 6 meses pra pagar, depois de um inquérito quase policial, e ainda pagou bem menos que o carro valia!).
Pra vcs terem uma idéia da minha odisséia, vamos á algumas datas:
- 13/06 = data do roubo
- 16/06 = seguro acionado e todos os documentos enviados (a demora de 3 dias foi pq o assalto foi numa 6a. Os procedimentos policiais todos terminaram tarde, então só na 2a que deu)
- 16/07 = Perito da seguradora veio fazer uma visitinha. (Um mês depois do ocorrido!)
- 07/08= Quase inteirando um mês sem notícias, ligo para a seguradora pra perguntar como está o andamento do processo. Eles me respondem que não sabem, pq o perito está de férias e só volta dali 15 dias!
- 22/08= Ligo pra seguradora, pq teoricamente o perito já voltou de férias. Mas ninguém tem notícias ainda.
- 26/08= Ligo de novo! Eles falam que até o final da semana COM CERTEZA eles vão ter uma resposta, e que entram em contato comigo
- 04/09= Como ninguém me deu notícia, ligo pra eles maaaaais uma vez. A moça que atende já reconhece minha voz e me cumprimenta. Mas notícia que é bom nada.
- 10/09= Começo a ficar neurada com a situação. Mas continuo ligando pq sei que eles querem que eu desista. Falo com a moça que assim não é possível e ela fica meio ofendidinha, falando que a culpa não é dela. É do perito e suas férias!
- 16/09= Num momento misto de raiva com falta do que fazer, resolvo deixar uma mensagem no site da Fundação Kasteler, falando que eles deveriam reconsiderar as parcerias deles, pq a companhia de seguro com a qual eles trabalham é uma porcaria que enrola os clientes! No mesmo segundo quase eles me respondem, em inglês, e com a maior educação do mundo! Me pedem pra explicar o ocorrido, pq eles querem me ajudar e pq é importante pra eles terem um retorno dos serviçoes que eles indicam. Conto tudo pra alma caridosa e ela fala que vai se inteirar do que está acontecendo.
-18/09= Recebo um email da companhia de seguros me pedindo 10 bilhões de desculpas, alegando que o problema foi que o perito enviou o relatório pro endereço errado (!?), mas que o cheque com o reembolso de parte das minhas perdas já tinha sido enviado pra a minha casa!!!!!!
Prefiro acreditar que foi coincidência que as coisas só começaram a andar quando eu comecei a mexer com os peixes grandes, e que independente de eu ser estrangeira, mocinha e indefesa eles me trataram igual, porque eu ainda prefiro acreditar no bem dentro das pessoas!
E também agora não importa! Tem um cheque chegando!!! Só espero que ele chegue mesmo!
Então vc, vítima de seguradoras enroladas, não desista, pq seu dia vai chegar!!!
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ver vendo!
Tava fazendo a minha ronda bloguística diária e encontrei esse post aqui,
que fala sobre como ás vezes, na rotina, na correria, a gente deixar de prestar atenção e realmente deixa de VER as coisas.
Casou total com um sentimento que eu tava tendo hj. Tava sem assunto pra falar aqui no blog, algumas pessoas me perguntando novidades e eu sem nada pra contar, achando tudo uma mesmisse sem fim. Esse sentimento me toma de assalto ás vezes.
Mas aí tem hora que eu páro e realizo*: "Meu Deus! Eu estou na França! É um outro país, num outro continente, separado por um oceano da terra de onde eu vim! Essas pessoas aqui ao meu redor falam uma outra língua e tem uma cultura totalmente diferente da minha! Elas cresceram sob influências completamente distintas das minhas! Essas comidas aqui, e uma pá de outras coisas, não tem na minha terra. OU se tem, custam 1 olho, 4 dentes, 2 dedos e 1 rim! É tudo diferente! E eu só tenho mais 3 meses pra tentar absorver tudo isso e sugar o máximo de coisas boas que eu puder!". Nessas horas eu penso que tenho que começar a fazer mais força pra enxergar melhor, mesmo no meio daquilo que parece ser a minha rotina, mas que na verdade é algo totalemente novo e diferente!
* = odeio essa palavra! "REALIZAR" no sentido de "se aperceber" é um anglicismo podre, fruto de más traduções do inglês pro português, que foram a mãe do mais podre ainda gerundismo! Mas tem hora que ela "cabe" melhor pra descrever esse sentimento de "cair em si", "se dar conta". Ou melhor, eu é que preciso ler mais pra desenvolver meu vocabulário e parar de usar palavras que eu não gosto por mera falta de opção!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Social é bom tbm!
Depois da minha breve jornada de auto-conhecimento proporcionada pela minha "solitude" temporária, minha vida virou uma correria aqui!
Não só teve a novidade da roomie, que já muda a situação, mas tbm teve mais uma amiga franco-brasileira, uma viagenzinha relâmpago, um professor da UFMG vindo pra cá, vários eventinhos sociais, milhares de experimentos a fazer... AHHHHHH, tem hora que nem dá pra respirar. Mas é bom, pq é isso (ter mil coisas diferentes acontecendo a cada dia) que faz o tempo passar rápido.
Destrinchando um pouco a correria, algumas coisinhas pra contar. Primeiro, eu percebi que minha jacuzisse melhorou muito! Com esse professor que veio aqui, com quem eu tenho muuuuito menos intimidade do que com o meu orientador, eu fiquei muito mais tranquila pra cumprir a agenda social. Nos 3 jantares que a gente teve eu fiquei calma antes, durante e depois! Será que é esse a mudança que todo mundo fala que acontece quando vc passa um tempo fora? Se bem que eu acho que o fato de ter a Liza, minha roomie, acompanhando todo o processo divide um pouco a tensão. Mas fiquei feliz de todo jeito.
Além desse social mais "obrigatório", o social mais "amigal" começou a explodir tbm! Como a Liza já tinha morado aqui, as amigas que ela tinha antes quiseram sair pra encontrar com ela, e eu fui junto. E as pessoas que ela ainda não conhecia tbm quiseram conhecer. E roomates nessas horas sempre vão de tabela, né? Resultado: fim de semana cheio!
6a teve uma festa "Cheese&Wine" na casa da Sabine, pela chegada da Liza e pela despedida dos estagiários do laboratório, que acabaram de terminar o ciclo deles. Foi bem animadinha, mas parecia muito mais cheio do que realmente estava, pq o ap dela, como a grande maioria aqui, é estilo ovo.
No sábado, a Stephanie resolveu fazer uma noite de crepes, só para as meninas. Ela tem um aparelho que é tipo uma chapa, mas com as divisórias para fazer minicrepes. Ela fez uma massa salgada e uma doce e os complementos ficavam na mesa pra cada uma montar seu crepe como quiser. Quero e preciso de um trem desse para a minha vida, pq é muito bom! Além disso, tinha tempos que eu não tinha uma noite só falando besteira com amigas. É, acho que já são "kind of" amigas já!
Tendo que fazer sociais das mais variadas categorias, a gente lembra que não dá mesmo pra ser sozinho na vida. Apesar de ter aprendido a gostar da minha própria companhia, não dá pra negar que que a companhia dos outros pode ser boa tbm!
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Les nouvelles de France
Todo dia de manhã eu pego um jornalzinho de graça no ponto do tramway que chama MontpellierPlus. É um jornalzico de nada, pequenininho. No trajeto de casa para o laboratório já dá pra ler ele todo. Não é nenhuma pérola jornalística, mas me deixa menos alienada do que acontece em Montpellier, na França e mesmo no mundo. De quando em vez sai até umas noticinhas do Brasil!
Pensei em de vez em quando postar alguma coisa interessantezinha daqui, pra vcs ficarem sabendo um pouco do cotidiano daqui tbm.
Hoje, por exemplo, a capa do jornal é do Domenech, técnico da seleção de futebol francesa. Ele tá por um fiozinho, uma vez que a França deu vexame na Eurocopa e depois perdeu horrorosamente pra Áustria (único time que conseguiu ser pior que os "bleus" na competição). Hoje tem jogo contra a Sérvia pelas eliminatórias. Se a França perder, Domenech roda... A cada dia, mais semelhanças Brasil-França...
Uma outra notícia importante é que estamos na época da colheita de uvas, o que determina a produção do vinho pro próximo ano e consequentemente grande parte da economia francesa. Pelo jeito, a produção vai ser menor em quantidade, mas provavelmente teremos vinhos de melhor qualidade. OU seja, os preços vão subir por aqui. OU seja, vai ficar cada vez mais impossível comprar um vinho francês no Brasil! Mas a reportagem terminava dizendo que o clima dessa última semana vai ser decisivo. Dependendo da quantidade de sol ou chuva, a produção ainda pode subir ou despencar e "essa dependência da vontade da mãe natureza é que faz a beleza do vinho"!
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Mais uma da série: CRISES
Já tem 9 meses que eu to aqui, e faltam 3 pra ir embora. Muito pouco tempo.
Antes, eu morria de medo de voltar e estar tudo diferente. Agora eu não tenho mais esse medo, porque tenho CERTEZA que isso vai acontecer. E não adianta falar que está tudo a mesma coisa pq não está! Pode ser que no geral nada tenha mudado muito. Mas o mundo gira o tempo todo, nada fica estático. Pode ser que o que tenha mudado seja um detalhezinho de nada. Mas somados todos os detalhezinhos, de todos os aspectos da minha vida, é uma mudança e tanto. Além disso, eu tbm mudei. Mas isso não me assusta mais (aliás, só um pouquinho...), pq afinal de contas já é um fato.
O que me dá medo agora é que as mudanças tragam incompatibilidades. Não tem problema as pessoas mudarem. O problema é elas mudarem de um jeito que o vc gostava e admirava nela se perca. E o que eu tenho mais medo não é das pessoas mudarem e eu não ter mais compatibilidade com elas, mas sim EU mudar e as pessoas começarem a me achar uma chata!
Eu sei que é viagem da minha cabeça, e que mil pessoas já foram e voltaram e deu tudo certo. Mas tô meio paranóica esses dias.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
E a Europa tá caindo pro 3o...
A Randa, tunisiana minha colhega aqui do laboratório, tirou um mês de férias pra se casar. Foi tudo ótimo, tudo lindo, tradicional e tal.
Na volta, ela e o marido passaram por Barcelona, pq ficava mais em conta. Naquele clima ainda de lua de mel, foram comprar um café. No meio de tantas malas, lotadas de presentes, ela deixou a bolsa um segundinho de lado pra levar os cafés quentes.
E não é que nessa a bolsa foi embora? Com todos os documentos burocraticamente suados da vida francesa! E não é que uma das malas tbm foi? Com as fotos do casamento e com todas as jóias que ela ganhou de presente da família do noivo? Não sei o que é pior. Pq ter os documentos roubados e ter que fazer tudo de novo é a coisa mais pela que tem! Mas ter coisas de valor sentimental, lembranças suas levadas embora tbm é péssimo!
Agora conta pra gente Randa: na Tunísia, esse país ainda longe do grande desenvolvimento das potências mundiais, isso já te aconteceu? NUNCA!
Pois então que tá na moda os terceiromundistas terem a honra de serem assaltados com toda a classe que o dito primeiro mundo!
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
DIA DO BIÓLOGO!
Hoje é dia do biólogo! E até os ônibus de BH resolveram lembrar a data! E a Tia Patrícia lembrou de mim! (brigada pela foto e pela lembrança,tia)
Parabéns para nós, esse povo sofrido, mas apaixonado e que tem fé que a vida vai ser melhor! Vai chegar o dia em que seremos reconhecidos, teremos empregos e seremos pagos por ele! Vai chegar o dia em que nós seremos uma classe que se auto-valoriza tbm! Porque se a gente mesmo não se dá a devida importância, fica difícil pro resto do mundo enxergar isso!
Nesse dia as pessoas vão entender que vc não fez medicinia simplesmente pq NÃO queria ser médico e sim BIÓLOGO! E que os médicos, sem os biólogos, não tem nenhuma arma! E que além disso, o planeta e a sobrevivência dele (do ser humano inclusive) depende muito de nós! Vai chegar o dia em que o nosso trabalho vai ser valorizado!
Mas, enquanto esse dia não chega a gente fica feliz só de ter um experimento que dê certo!
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Novas companheiras e um finde
É a Liza, que trabalhava no mesmo lab que eu na UFMG. Ela fez esse mesmo programa de doutorado sandwich que eu, a dois anos atrás. Ela acabou de defender o doutorado dela e o laboratório daqui chamou ela de volta, oferecendo uma bolsa de pos-doc num projeto super legal! Coisa para poucos, antes que alguém já ache que esse é o meu futuro tbm! Assim, ela veio morar comigo! Ela é uma gracinha e estamos nos dando super bem! Ela chegou na 5a passada á noite, mas de lá pra cá foi tanta correria que nem deu pra postar nada!
Além da Liza, temos mais companhia aqui. Não na minha casa, mas no lab. É a Cécile, uma francesa que faz doutorado lá na UFMG. Tipo o caminho inverso do nosso, mas ela tá fazendo os 4 anos no Brasil, e uma vez pro ano ela fica aqui uns 2 meses. Inclusive ela morou com a Liza numa dessas vindas, e elas são super amigas. Eu conhecia ela mais de vista, mas ela tbm é ótima. Engraçadíssima, super animada, e fala português melhor que eu!
Só de ter gente nova no pedaço, já deu uma movimentada na vida. Mas além disso, o Nicholas, que é um cara aqui do lab e já era amigo das meninas, convidou a gente pra ir passar o finde na casa de praia dele, em Gruissan, que é aqui pertinho. Ele tava lá já, de férias. A gente foi encontrar com ele de trem no sábado de manhã.
A cidade é um tipo comum aqui, que são as cidades-balneário, que lotam no verão e viram fantasmas no inverno. A casa dele era bem na beirinha da praia, mas o tempo não ajudou muito a vida não...
Chegamos lá e ficamos conversando de bobeira, com mais uns amigos dele que estavam lá antes da gente. Como já eram 11h, depois de um pouquinho almoçamos lá mesmo, os amigos foram embora, e a gente foi tentar uma praia, mas o tempo não colaborou meeeesmo.
Desistimos de insistir no sol e fomos passear num lugar que chama La Clape, que é tipo um monte que tem lá perto.
Lá tem tipo um cemitério de pessoas que morreram no mar e cujos os corpos não foram encontrados. Na verdade então é mais um local onde as pessoas prestam a sua homenagem. Tem um taaanto de lápides pelo caminho da subida.
Lá de cima, a vista era linda!
Ficamos lá um pouquinho, voltamos pra casa e fomos jantar num restaurante perto do porto.
No dia seguinte, dormimos até 12:30! Aí foi a conta tbm de almoçar, arrumar tudo e voltar pra Montpellier!
Eu acho ótimas essas mudanças de situação, viagens e tudo mais, pq o tempo voa assim! Como o cenário nunca é o mesmo, e ainda mais vendo as coisas um pouco pela perspectiva da Liza, que tá chegando, parece que já tá na beirinha de voltar!